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Sunday 3 January 2010

Brasil perto de proibir animais em circo

O macaco participa do espetáculo com os palhaços. O leão ultrapassa um círculo de fogo e o elefante equilibra-se em uma plataforma. Enquanto isso, meninos e meninas vibram na platéia. A alegria, no entanto, só existe porque no picadeiro não se veem os maus tratos a que estão submetidos boa parte dos animais de circo. Jaulas apertadas, presas arrancadas e alimentação inadequada são apenas alguns dos motivos que fizeram com que seis Estados brasileiros e mais de 50 municípios vetassem o uso de animais em circos. E, no próximo ano, a proibição pode se tornar nacional. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, no final do ano legislativo, o Projeto de Lei 7291/06, que acaba com o uso de animais da fauna silvestre brasileira e exóticos na atividade circense. A proposta, que já passou pelo Senado, segue agora para o Plenário onde deve ser votada no primeiro semestre deste ano. Lei semelhante que proíbe animais em circos em São Paulo desde 2005 existe na Paraíba, em Pernambuco, no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul. No Ceará, em Santa Catarina e em Minas Gerais, projetos semelhantes estão em tramitação. Vale destacar, no entanto, que existem cerca de 600 companhias de circo que ainda usam bichos nos espetáculos. O rigor do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) foi amplamente divulgado, em agosto do ano passado, quando o órgão apreendeu 26 animais por acusação de maus tratos no Le Cirque que se instalava para apresentações. Os animais recolhidos foram distribuídos para vários locais no País. Jeber e Tyson, os chimpanzés confiscados, vivem atualmente em Sorocaba em um centro de atendimento a primatas. Os dois macacos que viviam em uma jaula de três m² no circo — 20 vezes menor que a área mínima exigida pelo Ibama — agora estão em um área verde de 500 m², onde convivem com outros 44 primatas. O descanso foi merecido. O laudo apresentado pela coordenadora do Projeto de Proteção a Grandes Primatas (GAP), Selma Mandruca, mostrou que no circo eles tiveram os dentes e testículos arrancados. Além disso, quando eles chegaram a São Paulo, possuíam marcas de correntes no pescoço, lesões na pele por automutilação e apresentavam sinais de estresse crônico. Jeber e Tyson, no entanto, tiveram sorte. Chico e Kim, duas girafas acolhidas, respectivamente, nos zoológicos de Brasília e de Goiânia morreram menos de um ano depois da apreensão no Le Cirque. Caso o Brasil aprove a lei, se igualará a países como Áustria, Costa Rica, Dinamarca, Finlândia, Índia, Israel, Singapura e Suécia.
Pelo projeto de lei, os donos de circos terão de parar imediatamente de utilizar os animais em espetáculos, mas possuirão o prazo de oito anos para decidir sobre o futuro dos animais, que deverão ser encaminhados a zoológicos registrados no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Uma regra no projeto veta a doação dos bichos para circos de outros países.
Vá ao circo, curta as palhaçadas, os malabares, as mágicas e ensine às crianças que circo não é lugar de animal!! Lugar de animal é na natureza ou muito bem cuidado, nos zoológicos!!

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